O OUTONO

O OUTONO

Raymundo Cortizo Perez

Novamente o outono chegou,

chegou suavemente, chegou manso,

de mansinho com o cheiro e flores silvestres

e com o deliciosa sabor de frutos maduros.

Ele chegou com a doçura e com a ternura

de chuvas de sonhos e tempestades de amor.

pura terra molhada e no seu cio

a semente semeada germinando esperanças,

esperando a ceifa do amor que chegou.

Chegou com o outono, chegou

como haveria de chegar, chegou sonhando

numa rede balançando num beijo molhado.

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Que não seja a sua esperança na felicidade

em coisas temporais que mudam 

 principalmente dinheiro, beleza.

Mas em algo que não muda nunca,

e o que não muda nunca é Deus.

Conserve e preserve na fé.

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Ela é mais ou menos assim,

não é mais e nem é menos,

não é muito e nem é pouco,

é na medida certa do amor.

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Falando para mim mesmo:

Eu não me arriscaria em perdê-la.

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... Enquanto eu disfarça

o meu pranto,

ela disfarçava o seu sorriso.

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A imaginação enxerga mais e melhor que os olhos:

Nenhuma mulher é tão bela e sensual

quando despida pelos olhos da imaginação.

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Decidida ela sabia o que queria,

comentava com as amigas:

Desde que ele entrou em minha vida,

os meus dias se transformaram em cinco mil peixes.

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O pior de tudo é que vivemos

como se não fôssemos morrer.

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Melhor fala o coração que fala,

nunca se cala um coração que fala.

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Que fala mal mentindo,

somente mente.

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Não tem outra explicação quando ela sorri:

é tanto encanto, tata magia

que só tem uma definição:

O sorriso é a música da alma.

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A vida tem uma porta e por ela entra

o que é bom e o que não é:

A responsabilidade de abri-la

ou de fecha-la é tua

e de mais ninguém.

A chave pertence a ti.

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A felicidade está no que somos,

não está no que temos

e nem no que queremos.

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Os poetas, ora direis, os poetas

tem por ofício

que se apaixonem por eles,

sem que eles se apaixonem por nenhuma.

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