MINIPOEMAS (Recados para a vida)

MINIPOEMAS
(Recados para a vida)
Raymundo Cortizo Perez

Os meu medo?
Tenho medo
dos meus medos.

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Ela era assim.
mais ou menos assim,

e não deixava por menos:
queria um sorriso que a fizesse sorrir.

Nem mais e nem menos.

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Assim como na terra,
no ar, no mar,
plantar
o verbo amar,
voar, planar
o verbo amar.

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Quantos poemas cabem no amor
que sinto por ti?

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Enquanto escrevo o poema
é como se estivesse
acariciando o corpo da amante.

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Em Macaubal,
na palma da mão há delicada mão

chão de sagrada beleza
onde pássaros cantam livres.
Os poetas voam, poesias passeiam,
ambos se encantam
e se encontram

em uma esquina, na mesma esquina
ou em outro lugar,
em todos os lugares
há amor.

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O brilho da luz dos olhos teus
acende a paixão do brilho da luz dos olhos meus.

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Se quer que o amor entre em sua casa
deixe aberta as portas do seu coração.

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Tinha o vento, tinha uma pedra
e o pássaro.
O tempo não espera a queda.

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Leila, menina esperta,
nunca tinha perdido nada,
um dia perdeu a virgindade.
Ficou feliz da vida,
vivia dando risada.

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Sinara prima de Cibele,
não reclamava  de nada, só chorava...

Enquanto o tempo passava,
para aliviar a tensão e o tesão,
ela sonhava que amava,
e num frenesi total ela se masturbava.

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A dor não dorme de poesia,
nem a poesia dorme de dor:
Não escreve

não cava
nem escava
o amor
e a verve
ferve.
Um dia a escrava
crava
grava
uma palavra
e é breve
a lavra
que transforma
reforma
e a forma
que escreve
prescreve.

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