VERSOS PARA ANA CÁSSIA - 6. (A história de um amor)

VERSOS PARA ANA CASSIA - 7.

(A história de um amor)

Raymundo Cortizo Perez

Os teus cabelos negros,

negros azulados de tão negros,

negros brilhantes...

Os teus lindos cabelos longos

caem pelos ombros e correm

 pelas costas

como cascatas que escorrem.

Ana:

mais que versos

o teu corpo é...

O que falta em muitas

o teu tem de sobra.

Deus te fez linda e gostosa.

Se eu fosse rico e muito famoso

não seria feliz nem um pouco

se não tivesses a ti perto de mim.

Sou muito feliz

não sendo rico e nem famoso

tenho a ti perto de mim.

É preciso tato para manejar as palavras,

principalmente as bondosas.

Palavras bondosas fazem milagres,

e faz o possível e o melhor:

são anestesias para a dor.

As palavras bondosas são um enxame

de abelhas que não picam e só dão o mel.

Podem ser mãos que afagam... Flores...

Não sei viver sem palavras,

palavras são a minha vida...

Eu sou palavras, sou feito de palavras...

Palavras são pássaros que voam...

São árvores e o verão, o sol,

os teus seios, as coxas e o corpo todo.

Às vezes elas me falham,

não falam coisas que eu gostaria de falar:

contar histórias, contos, poesias e outras coisas...

Como num ritual se não as beijo,

elas me beijam...

Procuro ser amável com elas

e as trato com carinho dobrado.

As palavras são cristais e como tais

que se quebrados não consertam mais...

As palavras dão sentido à vida,

sem elas jamais eu diria que te amo.

Te amo Ana, a palavra chave

de todas as palavras é o teu nome Ana,

e os teus olhos quando me olhas

e ouve de mim a palavra: te amo.

Até um dia, Ana,

Guardo-te em meu peito de amor.

Na vida tudo é passageiro,

principalmente a própria vida.

Não te digo adeus. Não sofrei.

Viverei na certeza, porque sei

que o futuro é mestre artesão

e com muito amor

prepara com as próprias mãos

o nosso reencontro nas bênçãos do porvir.