https://sonhospoesiaseversos.blogspot.com

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

POESIAS DAS 4 ESTAÇÕES

POESIAS DAS 4 ESTAÇÕES


 POEMA DA BONITA

Em sua postura de rainha
a sua beleza a incomodava,
principalmente o que os homens
diziam dela, no ir ou no vir,
mas no que parece, ela queria
apenas ser como as outras,
insignificante.
Mas, era impossível não pensar
nela como mulher....
dando-lhe tons de idiossincrasia
e ver nela o desejo despojar-se
de forma latente,
deixando de ser como todas,
insignificante.
e assumir a sua realeza.
---------------------
POEMA DA VONTADE

Quem muito quer
acaba se atrapalhando,
muitas coisas estão muito
além do querer humano,
repetia para si mesma, Lya,
e ainda dizia: Razia dá tudo
o que Esthefan pede
com uma facilidade excessiva,
com um vontade excessiva,
nem sei porque ele pede?
No que me parece, ela é oferecida.
-----------
POEMA DA BELEZA

Não é nenhum assombro
dizer sobre a sua beleza,
mesmo fugindo da moda,
de cirurgias estéticas,
roupas e lugares chiques,
a sua beleza ainda mais perturbava,
e a tornava ainda mais bela e sensual,
e assim, ainda mais provacava os homens
com o seu comportamento simples.
---------------
POEMA DO VAGÃO

O mundo estará perdido
de vez, quando algums homens
se acharem superiores à literatura
e esperam que lhes peçam
um pedaço de pão.
enquanto viajam na primeira classe
e a literatura no vagão de cargas.
---------------
POEMA DA ETERNIDADE

Eternidade para mim
não está só no infinito do tempo,
está também bem enraizado e profundo
que é impossível contê-lo na vida ou na morte
de um sentimento puro absoluto.
A ideia de eterno não pode dar
nenhuma impossibilidade
de crer que o fogo bólido
desaparecerá no lugar do amor.
------------
POEMA DO MERGULHO

Certo dia, ela estava assentada
sob o caramanchão todo florido.
Estava distraída e longe de si mesma,
olhos vagueando, esquecida...
Eu a chamei e de maneira suave
ela voltando-se a mim, disse: Eu...?
Naquele exato momento os seus
negros olhos cintilando paixão,
fez-me mergulhar dentro de mim
e me encontrar nas mais profundas ondas
do amor.
------------------
POEMA DE GOSTAR

De algumas coisas eu gosto tanto
que gosto mais delas do que gosto de mim.
A mania me fascina,
coisas bobas me encatam,
mas, ó eu sei,
tudo isso não está no contrário da poesia.
----------------
POEMA DA SILÊNCIO

Entre eles há um silêncio longo
e interminável, é como que,
se um esperasse o outro a dizer
alguma coisa.
Mas, nem um e nem o outro
conseguia achar no outro
uma palavra que pudesse ser
falada daquilo que pensavam,
então o silêncio se instalou
naquelas duas almas
e silenciou a esprança e o amor.
-------------
POEMA DO TERNO

Às vezes abro o roupeiro
e pego aquele terno antigo,
sem intenção de usá-lo,
apenas olhá-lo, sentir o que sentia
quando vestia ele: muitas situações
(incrivelmente todas boas),
depois bem devagar recoloco ele
no lugar, jamais eu daria o terno
para quem quer que fosse,
o que estou falando não é
exatamente do meu terno:
Acho que é de saudades,
sim, é de saudades,
saudades é isso.
--------------
Poema 4.

Minha real experiência é dolorosa
e muito triste com o ser humano
que tem demonstrado mais alegria
e imensa satisfação com a desgraça
dos outros,
do que realizar seus sonhos,
e com a sua própria felicidade.

Um comentário:

  1. Que beleza de poesia. É impossível não gostar de poesia lendo essas maravilhas. Parabéns, poeta.

    ResponderExcluir

Deixe o seu comentário: