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terça-feira, 30 de outubro de 2018

ela roçou - 2622


ela olha - 2621


é de arrepiar - 2620


não tem - 2619


fel - 2618


um lar - 2617


ela partiu 2616


o mais - 2615


não titubeei mais 2614


chegou - 2613


ele chega -2612


não quero ser - 2611



ela é prática - 2610


depois... 2609


vivia - 2608


brasília - 2607


antes... 2606


tens razão - 2605


não te pertenço - 2604


um país doente - 2603


flor... 2602


FLOR...
eu beija-flor
voo,
onde tu flor
vou

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

flor


FLOR

Eu, beija-flor
voo
onde tu flor,
eu vou.

um país doente


UM PAÍS DOENTE

Doente, sim, um país doente,
doente, triste albatroz, albatroz ferido.
Este é um país doente,
um país, sim, de lendário futebol
e de beleza natural.
Um país doente.
A rotina é a humilhação ao povo
que fazem filas às portas do nada...
A política é uma estridência ideológica
feita por imbecis e idiotas,
onde o único decente é o sol.

não te pertenço


NÃO TE PERTENÇO

Meu olhar atravessa a janela
procurando silenciosamente
por trás das palavras
algum anjo em meio as nuvens,
ou um poema que coubesse na vida,
ou na vida de um pensamento.
O destino é insistente,
e eu já não te pertenço,
porque a uma outra pertenço.

tens razão


TENS RAZÃO

O Ser humano é imenso e infinito,
 assim como é a beleza da natureza.
Tens razão,
mas eu sou mais feliz,
quando tu olhas para mim.

antes


ANTES

Antes da censura,
antes da calúnia,
precisamos aprender a pensar,
sem sentir ódio.

Brasília


BRASÍLIA

Brasília, tu não és uma canção do Caetano,
sim, uma casa que não é um lar,
sim, um esposa cansada de fingir.

Brasília, tu não és um poema do Chico Buarque,
sim, uma asa cortada, um coração deserto,
uma praia de asfalto,
sim, sem saídas de becos,
um corpo nu, dólar, amante, prostituição...

Brasília, tu não és um romance de Machado de Assis,
sim, não és um primeiro de maio;
onde está a garota que fugiu para não voltar?
Sim, tens um amanhecer constante
com lindos fúlgidos raios de sol.
Sim, há um zíper quebrado.
Sim, bares pegando fogo no cachimbo
por toda cidade:
Um pouco de Sodoma e outro pouco de Gomorra,
és tu Brasília,
mas hás de chegar ao alto e além.

ela vivia


VIVIA

desenhando pássaros, nuvens,
árvores, o mar, montanhas, o sol...
Perguntada o por quê?
Ela disse:
vontade de ser feliz.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

depois


DEPOIS,

como sempre,
limpou o rosto, retocou a maquiagem,
e continuou como se nada tivesse
acontecido,
como se tudo, tudo estivesse certo.
Sorria. Seu coração doía.

ela leva

ELA LEVA

para a cama
quem ela quer, diz que ama,
só para tirar uma na cara do bacana.






não quero

NÃO QUERO

ser mais ou menos
melhor ou pior.
O que eu sou
já é o suficiente
para incomodar muita gente.

e o amor

E O AMOR
esperado será que chega?

Sim. 
Ao seu tempo, ele é pontual.

chegou

CHEGOU

o tempo em que a poesia
me mostra
como ver a poesia
em silêncio,
sem palavras.

a flor


A FLOR

Aquela flor que vi
pela primeira vez,
não parecia flor,
ainda hoje
penso naquela flor.

não titubeei mais

NÃO TITUBEEI MAIS

e mudei,
algumas certezas que eu tinha
em meu coração, não tenho mais...

o dia

O DIA

mais importante e significativo
da minha vida,
não foi o dia em que nasci,
mas quando te conheci.

ela partiu

Ela partiu

mas deixou comigo
o sabor de ter ficado.

talvez

TALVEZ
se não fossem,
apenas paredes pintadas,
portas, janelas e utensílios,
eles tivessem um lar.

a bíblia

A BÍBLIA

Querer Raquel
e ter Lia,
nem em poesia.

o azul

O AZUL

Não tem nada de diferente
nas paredes azuis do meu quarto,
a imaginação fixa no azul
cria uma ave e avião.
nada a temer, é o futuro que é azul.

é um delírio

É UM DELÍRIO

os sussurros de amor,
entre um sorriso e um olhar,
de repente, o beijo.

mal antigo

MAL ANTIGO

Ela olha a minha fotografia
e fica tonta de alegria
pensando que me vê.

a pele

ELA ROÇOU

a minha pele
com a sua pele,
foi um discreto chamego.
Eu lhe dei um bombom,
ela guardou o papel
como se guarda um segredo.